
Palestras
PALESTRAS
DIA 04 DE OUTUBRO DE 2021
PALESTRA 01: QUAL
A COR DO MAL?: UM OLHAR PSICANALÍTICO SOBRE O PRECONCEITO RACIAL NA LITERATURA.Palestrante: Prof. Me. Frederico Lima (UFPB)Data e Horário: 04 de outubro de 2021, às 9h
PALESTRA 02: A FALÁCIA DESTRUTIVA DO PECADO ORIGINAL: A DEVASSIDÃO SILENCIOSA DO FEMININO.
Palestrante: Profa. Ma. Maria Medeiros (UFPB)
Data e Horário: 04 de outubro de 2021, às 9h
Inscrição: https://sigeventos.ufpb.br/eventos/login.xhtml
PALESTRA 03: O MAL ENCARNADO NO FENÔMENO DE CAÇA ÀS BRUXAS: MISOGINIA E PERSEGUIÇÃO INQUITORIAL NO IMPÉRIO PORTUGUÊS.Palestrante: Prof.
Dr. Marcus Vinicius Reis (UFMG)Data e Horário: 04 de outubro de 2021, às 19hResumo: Embora seja frequentemente associada ao período medieval, a perseguição ao que se convencionou chamar de "bruxaria", alcançou seu ápice a partir do momento em que os tribunais religiosos ganharam força no Ocidente europeu. Autores como Robert Muchemblend e Brian Levack são considerados referências para sustentar esse argumento, uma vez que perceberam entre a segunda metade do século XVI e a primeira metade do século XVII, o período com maior volume de perseguição às mulheres acusadas de serem bruxas. Este fenômeno também alcançou o Império português, ainda que em menor escala. Partindo deste recorte, a presente comunicação pretende investigar a construção da figura da bruxa, considerando os mecanismos de perseguição e a própria misoginia do período como elemento fundamental para compreender a relação da bruxa com a presença do mal.
PALESTRA 04: PÓS-COLONIALIDADE E DESCOLONIZAÇÃO: ESTUDOS DE CASOS CONTEMPORÂNEOS.
Palestrante: Prof.
Dr. Claudio Braga (UnB)
Data e Horário: 04 de outubro de 2021, às 19h
Inscrição: https://sigeventos.ufpb.br/eventos/login.xhtml
PALESTRA 05: O MAL NA LITERATURA ESPANHOLA NA IDADE MÉDIA.
Palestrante: Prof.
Me. Alessandro Giordano (UEPB)
Data e Horário: 04 de outubro de 2021, às 19h
Inscrição: https://sigeventos.ufpb.br/eventos/login.xhtml
PALESTRA 06: AS REPRESENTAÇÕES DO MAL E A OPERAÇÃO DA MALDADE. Palestrante: Prof. Dr. Edin Sued Abumanssur (PUC - SP)Data e Horário: 04 de outubro de 2021, às 19hResumo: A representação do Mal na figura do diabo é a janela que nos oferece a melhor visada para entendermos os artifícios do imaginário social no trato da maldade. Os incontáveis nomes do diabo expressam as maneiras como o mal é trabalhado e operado nos diferentes campos da cultura e das classes sociais. A experiência da maldade, em suas diferentes expressões cotidianas, exige diferentes formas de aproximação e abordagem, manifestas tanto na literatura de cordel e nas lendas e folclores populares quanto nas várias maneiras de se executar o exorcismo. Manter o mal sob controle: essa é a pretensão da arte ou da religião.
DIA 05 DE OUTUBRO DE 2021
PALESTRA: TERRA NA BOCA
Data: 05 de outubro de 2021, às 9h.Rrof. Dr. Edson Luiz André de Sousa (Psicanalista)
PALESTRA 07: O
MAL NAS RELAÇÕES SUBJETIVAS E COLONIAIS: A INSOLÊNCIA DOS ABANDONADOS NA
LITERATURA INGLESA.Palestrante: Profa. Dra. Vanalucia Soares (IFPB) Data: 05 de outubro de 2021, às 19hResumo:
Esta exposição tem por objetivo discutir a insolência subjetiva e colonial nos
romances ingleses Jane Eyre e O Morro dos Ventos Uivantes, das escritoras irmãs
Charlotte Brontë e Emily Brontë, respectivamente, a partir da análise da
personagem louca Bertha Mason e da personagem cigana Heathcliff. Para tanto,
nossa leitura fundamentar-se-á nas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud,
Melanie Klein e Jacques Lacan e nas teorias críticas decoloniais de Aimé
Césaire, Frantz Fanon, Homi Bhabha e Edward Said.
PALESTRA 08: DA REBELIÃO DIABÓLICA DOS CONGÊNERES À TIRANIA ANSIOGÊNICA DO PAI: FLAGELOS DO CORPO NA ARQUITETURA INCESTUAL D'A CASA TOMADA, DE JÚLIO CORTÁZAR.Palestrante: Prof. Guilherme Ewerton (UFPB)Data e Horário: 05 de outubro de 2021, às 9h
Inscrição: https://sigeventos.ufpb.br/eventos/login.xhtmlResumo:
Embebidas por traços poeanos, as narrativas do
escritor argentino Júlio Cortázar se valem de outros andrajos e recorrem a
outras máscaras - enquadram-se, segundo os críticos, no realismo fantástico do
século XX. Nessa esteira, debruçar-nos-emos sobre a contística cortaziana,
especificamente, em um de seus artefatos mais insignes, A Casa Tomada, no
intento de peregrinar delirantemente pelos cômodos insalubres e escadas
terrificantes, que se tornam, na diegese em questão, um palco para o idílio
consanguíneo, entre um irmão e uma irmã. Em uma antropofagia subversiva, tal qual acontece na Casa
Usher, de Poe, A Casa Tomada é protagonizada por um dos membros
da fratria que se aloja, bizarramente, em um casebre. Certo dia, o enlace que
era vivido no íntimo do lar, é subitamente interrompido por invasões abruptas e
fenômenos inusitados. Com efeito, assaltados pelo terror inominado, os irmãos
são, violentamente, castrados e sancionados a permanecerem no casarão. Como
aporte teórico, recorremos à fortuna crítica cortaziana, bem como a escritos
psicanalíticos acerca do incesto e da castração, plasmados nas obras de Freud e
Lacan.
PALESTRA 09: A PRESENÇA DA MORTE NA CIDADE DA BAHIA DURANTE OS SÉCULOS XVII E XVIII.
Palestrante: Profa. Me. Luciana Onety (UFBA- ASBEC)
Data e Horário: 05 de outubro de 2021, às 16h
Inscrição: https://sigeventos.ufpb.br/eventos/login.xhtm
PALESTRA 10: SOB O SIGNO DAS SIBILAS: O BEIJO DIABÓLICO DA LINGUAGEM.
Palestrante: Anna
Apolinário (Escritora e Poetisa)
Data e Horário: 05 de outubro de 2021, às 19h
Inscrição: https://sigeventos.ufpb.br/eventos/login.xhtml
PALESTRA 11: SOB A LUZ DO INCONSCIENTE, O MAL E A SUA COMUNICAÇÃO NA LITERATURA Palestrante: Manuel Moreira da Silva (Escritor e Psicanalista) Data e Horário: 05 de outubro de 2021, às 19h Inscrição: https://sigeventos.ufpb.br/eventos/login.xhtml
PALESTRA 12: O DIABO NO MEIO DO REDEMOINHO LITERÁRIO. Palestrante: Prof.
Me. Claudecir RochaData e Horário: 05 de outubro de 2021, às 19hResumo: A representação do mal através do mito hebraico de
Satanás, Satã, Lúcifer ou mesmo Diabo sempre esteve presente no imaginário
ocidental e, dessa forma, na arte, em especial na literatura. Satã é ainda um
'mito vivo' nas crenças cristãs, mas não deixa de ser um mito, com toda sua
complexa realidade cultural devido às suas múltiplas interpretações, sua
interferência na conduta humana através do medo, além disso, como todo mito,
sua criação está num tempo primordial e fabuloso. Na própria Bíblia, já era apresentado de diversas
formas, de anjo a dragão, de qualquer forma, há uma descontinuidade na
tentativa de representar a imagem do Diabo nas artes ao longo do tempo. Essa
trajetória começa no nos livros bíblicos, como o livro de Jó e os textos proféticos, da imagem do anjo mais belo dos céus,
até sua condenação e a criação do inferno devido a sua revolta contra o poder
de Deus. Uma das imagens plásticas de Satanás que se projeta até os dias de
hoje, vem com a assimilação à figura mitológica do deus Pã, aliada às imagens
de outros animais monstruosos. Também já foi associado à imagem da mulher, do
judeu, outras vezes comparado a Prometeu, o mais humano dos deuses. Passando
pela Divina Comédia e os inúmeros
livros sobre as tentações do demônio da Idade Média e Moderna, no teatro
inglês, até sua influência na construção em grandes obras literárias como Paraíso Perdido, Fausto, Flores do Mal, entre outros. No Brasil as primeiras
aparições do Diabo surgem nos relatos dos jesuítas e os primeiros desbravadores,
depois pelas abordagens clássicas do mito de Satanás na literatura feitas pelos
poetas do romantismo, às vezes como símbolo dramático de revolta juvenil,
outras vezes explorado pelo seu lado satírico. Mas foi a partir do simbolismo e
nos desdobramentos literários do pré-modernismo que a representação de Satã
encontrou sua melhor e mais fluída expressão, ora como veículo de revolta
espiritual contra alguns dogmas da Igreja Católica, ora em contraposição às
ideologias científicas que fomentaram a formação da nossa República com todo o
cientificismo, o racionalismo e outras doutrinas vinham soterrar o velho mundo,
as velhas crenças, o que levava muitos a sentir a angústia, a desesperança, o
tédio e o vazio, cuja única saída possível era um retorno ao primordial, ao
transcendentalismo. Deste modo, marcava uma identificação antropológica com o
mito de Satã, como alguém condenado pela sociedade moderna.
PALESTRA 13: SHINGEKI NO KYOJIN: UMA HISTÓRIA SOBRE A BANALIDADE DO MAL.
Palestrante: Prof.
Me. Alan Nascimento (Psicanalista)
Data e Horário: 05 de outubro de 2021, às 21h.
Inscrição: https://sigeventos.ufpb.br/eventos/login.xhtml
Resumo: Shingeki no Kyojin, também conhecido como Attack on Titan ou, na versão brasileira, Ataque dos Titãs, é o título do principal mangá de Hajime Isayama publicado entre 2009 e 2021. A história foi animada por três temporadas pelo Wit Studio, entre os anos de 2013 e 2019, sendo assumido recentemente pelos estúdios MAPPA, entre o final de 2020 e o início do próximo ano, com a conclusão da quarta e última temporada. A história trata de um agrupamento humano confinado entre muralhas e constantemente assediado por titãs, gigantes antropófagos que teriam, supostamente, aniquilado a humanidade, com exceção dos que se encontram nesse complexo de três muralhas concêntricas, identificadas, respectivamente, pelos nomes de Maria, Rose e Sina. De modo geral, a dinâmica da narrativa traz sempre um Outro - aqui considerado dentro do conceito lacaniano - que se constitui como uma nêmese, uma ameaça a ser combatida, aniquilada e cuja extinção poderia resultar no fim das angústias e tensões existentes, pois todo o mal cessaria a partir daí. Ao longo das primeiras três temporadas do anime, a ameaça dos titãs encarna esse Outro terrível e maligno, ao qual se pode endereçar toda a fúria e agressividade, porque eles representam um mal a ser extirpado. O problema é que, na existência de um Outro que representa o mal absoluto, o sujeito pode perpetrar atrocidades as mais inconcebíveis nos demais campos da vida, sem que elas jamais venham a ser consideradas como tais, já que o mal está sempre fora e não em quem o pratica. Além da ameaça onipresente dos titãs, a humanidade confinada tem de lidar com turbulências políticas e outras calamidades humanas que nada fica a dever para os predadores do mundo exterior. A partir do final da terceira e no início da quarta temporada, esse Outro maligno já não é mais representado pelos titãs, mas sim pelas nações de Eldia e de Marley, variando de lugar de acordo com quem narra a história. Para os marleyanos, os eldianos representam a encarnação do mal, em virtude dos quase dois mil anos de tirania respaldados pelo poder dos titãs e pela ameaça do chamado "estrondo da terra", uma calamidade capaz de erradicar a vida humana no planeta. Para os eldianos da ilha Paradis, os marleyanos representam o mal, uma vez que eles enviaram titãs para destruir as muralhas e obter para si um poder que não lhes pertencia, além de ameaçar varrer do mundo a sua existência a partir de uma ofensiva militar em caráter global. Em suma: a pretexto de aniquilar um suposto mal absoluto, os dois lados da história cometem atos repulsivos, que vão desde segregação racial, passando por doutrinas de relativização da barbárie, até a ameaça de um genocídio planetário, em nome de ideologias as mais mesquinhas e questionáveis. O objetivo é realizar um percurso pela trama, destacando com que facilidade é possível cometer os atos mais vis, quando existe um Outro que pode ser identificado como causa de todo o mal existente.
DIA 06 DE OUTUBRO DE 2021
PALESTRA 14: O ARTISTA CEGO E A(S) MULHER(ES) EM 'CEGA OBSESSÃO', DE EDOGAWA RAMPO E YASUZO MASUMURA.Palestrante: Prof.
Dra Sandra Mina Takakura (UEPA)Data e Horário: 06 de outubro de 2021, às 9h.
PALESTRA 15: A MALDADE HUMANA: COMO DETONAR UMA PESSOA NO FACEBOOK?
Palestrante: Psicanalista Beatriz Breves
Data e Horário: 06 de outubro de 2021, às 9h.
Inscrição: https://sigeventos.ufpb.br/eventos/login.xhtmlResumo: Após ataques sofridos por trolls e haters, a autora escreve:
"(...) eu visualizei a minha vida, a minha profissão, os meus projetos, os meus
sonhos, tudo destruído. (... ) Sofri por 10 dias mais de mil postagens
'vomitando' puro ódio sobre mim (...) tanta humilhação, a única vontade que eu
tinha era de parar o tempo e sumir, pois, na 'cabeça da gente', em uma hora
como essa, os fatos crescem e se tornam eternos, fazendo a gente duvidar se
tudo aquilo irá passar" (2014, p.13). E foi a partir dessa experiência, ao
poder constatar um número elevado de adolescentes sendo vítimas desses ataques,
alguns levados ao suicídio, que realiza uma reflexão sobre o que levaria uma
pessoa, de forma anônima e cruel, a denigrir, desejar e induzir a morte de
outras pessoas sem nem mesmo conhecê-las. Para tal, enfocando os trolls,
haters e a prática do cyberbullying, relata a própria experiência como um
estudo de caso e, valendo-se de seu conhecimento como psicóloga, psicanalista e
seus estudos sobre o sentir, discorre sobre a maldade humana.
PALESTRA 16: ENTRE PERVERSIDADES E NARCISISMOS: AS MASCULINIDADES RESSENTIDAS.
Palestrante: Profa.
Dra. Danielle Brasiliense (UFF)
Data e Horário: 06 de outubro de 2021, às 9h.Resumo: Vivemos num tempo marcado pela valorização da imagem que sob a lógica narcisista no excesso do consumo do self, ou seja, na produção de si mesmo como imagem, se produz ao mesmo tempo a exclusão do outro, a desqualificação e o ódio. Esse mal estar cristaliza um laço entre a maldade e a perversão, vincula gozo e maldade, especialmente, nas subjetividades do gênero masculino ressentidas pela ameaça, perda ou desvalorização da sua potência. A partir dessa linha de pensamento essa comunicação irá trazer produtos midiáticos, como séries e fatos jornalísticos que ilustram essas questões.
Resumo: Vivemos num tempo marcado pela valorização da imagem que sob a lógica narcisista no excesso do consumo do self, ou seja, na produção de si mesmo como imagem, se produz ao mesmo tempo a exclusão do outro, a desqualificação e o ódio. Esse mal estar cristaliza um laço entre a maldade e a perversão, vincula gozo e maldade, especialmente, nas subjetividades do gênero masculino ressentidas pela ameaça, perda ou desvalorização da sua potência. A partir dessa linha de pensamento essa comunicação irá trazer produtos midiáticos, como séries e fatos jornalísticos que ilustram essas questões.